Entenda um pouco mais sobre a chuva: Quais são as unidades de medida de chuva e o que elas significam?

Você saberia dizer se na sua cidade chove muito ou pouco? Como é feita esta estimativa? Como você pode comparar a incidência de chuva de uma cidade com outra? Vem com a gente que nós explicamos tudinho!

Primeiramente, vamos entender um pouquinho como é medida a chuva. Isso mesmo, como medimos a quantidade de água que cai do céu (também conhecida como precipitação). Existem várias métricas associadas à chuva, como intensidade, frequência e duração. Primeiro, vamos nos ater uma medida específica: a pluviosidade.

A pluviosidade é o volume de precipitação pluviométrica (leia-se chuva) que incide sobre uma determinada área durante um determinado tempo. Por definição, entende-se essa área como sendo 1 m² e o tempo como sendo 1 dia (podendo variar). Em outras palavras, ela é medida pela altura da lâmina de água (em milímetros) que se acumula em cima de 1 m². Então, se você ouve no jornal que “em determinada região choveu 50 mm em um dia”, significa que alguém colocou um recipiente de 1 m² na chuva e, durante o dia inteiro, acumulou-se uma lâmina de 50 mm de altura nesse recipiente.

Uma pluviosidade de 1 mm (altura de água) equivale ao volume de 1 litro (L) de água de chuva que se acumulou sobre uma superfície de 1 m². Ou seja, em se tratando de pluviosidade 1 mm = 1 L/m².

Esta medida é fundamentalmente importante para caracterizarmos o regime pluviométrico de uma região, pois, a partir da medida da pluviosidade diária durante longos períodos (anos, décadas), conseguimos saber como as chuvas costumam incidir sobre uma região. É comum representarmos a pluviosidade de uma região com as médias mensais no período de um ano (média do somatório das chuvas mensais ao longo dos anos analisados), como exemplificado nos gráficos abaixo. Assim, é possível comparar como é o regime pluviométrico que, em média, acontece em uma região. Para entender melhor, vamos analisar dois exemplos? Usemos como exemplo as cidades de Belém do Pará e Belo Horizonte.

Pluviosidade média mensal (Fonte: INMET).

Ao olharmos os gráficos, percebe-se, portanto, que Belém do Pará tem uma inicidência muito maior de chuvas durante o ano todo, se comparado a Belo Horizonte. Somando-se o total anual, vemos que em Belém do Pará chove 2.921 mm/ano, enquanto BH registra um total de 1.491 mm/ano, praticamente a metade!

Já a frequência de chuva é uma outra medida também importante, pois explica quantas vezes por ano ocorrem eventos de chuva, ou seja, quantos dias choveu. Veja, por exemplo, na comparação abaixo, os gráficos de frequência de chuva em Belo Horizonte e em Belém do Pará. Percebe-se que em Belém do Pará chove em 60% do ano, ou seja, é muito provável que todas as pessoas frequentemente saiam com guarda-chuva por lá, enquanto que em Belo Horizonte (27% dos dias do ano com chuva), isso é mais raro.

Frequência de chuva média mensal (Fonte: INMET).

A duração da chuva é simplesmente o período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação (hora ou minuto). De acordo com Alerta Rio, a intensidade de precipitação pode ser classificada:

  • Chuva fraca: quando a intensidade é inferior a 5 mm/h;
  • Chuva moderada: quando a intensidade está entre 5 e 25 mm/h;
  • Chuva forte: quando a intensidade está compreendida entre 25,1 e 50 mm/h;
  • Chuva muito forte: quando a intensidade é igual ou superior a 50 mm/h;
  • Pancadas de chuva: Precipitação intensa ocorrida em curto período de tempo e espacialmente restrita.

Ao realizar o aproveitamento de água da chuva, seja em uma casa, escola ou indústria, é um importante conhecer estas características para saber exatamente quanto o sistema pode ser vantajoso. Sair comprando cisternas gigantes talvez não seja uma atitude inteligente. Por exemplo, se fossemos construir uma mesma casa, com mesmo número de pessoas em Belém do Pará e Belo Horizonte, não seria inteligente comprar cisternas do mesmo tamanho para ambas as casas. Se limitarmos por uma cisterna grande (dimensionada para Belém do Pará), a casa em Belo Horizonte estaria com a cisterna quase sempre vazia, e o dinheiro investido em uma grande cisterna foi desperdiçado. Caso limitarmos por uma cisterna menor (dimensionada para Belo Horizonte), a casa em Belém do Pará teria um grande volume de água extravasado quando chovesse, e a chuva não seria totalmente aproveitada.

A dica que fica é entender com clareza as características da região, pois uma casa, prédio, indústria, nunca está sozinha no mundo, e sim sempre dentro de um contexto ambiental. No caso do aproveitamento da chuva, a RainMap te ajuda com isso, pois já temos todos os dados (tratados e organizados) dentro da nossa plataforma e você não precisa se preocupar com isso! 😊

Vem testar com a gente!

Para onde vai a sua chuva? Água de chuva, compartilhe essa ideia!

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Cofundador e diretor técnico da RainMap Sistemas Sustentáveis. Mestre e Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina, com ênfase na área de Aproveitamento de Águas Pluviais em Edificações.

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